quarta-feira, 7 de março de 2012

A PRIMEIRA VEZ QUE PISEI NA AVENIDA

Esta postagem vai em forma de confissão, pois desde que me entendo por gente gosto de samba, mas nunca fui adepto do Carnaval e suas Escolas de Samba, a não ser as poucas vezes que passei em frente a TV  assistindo os desfiles  (isso quando o sono não me pegava). Isso talvez tenha acontecido porque as Escolas de Samba perderam sua identidade na busca desesperada pela vitória e o exibicionismo. Os interesses da elite se sobrepuseram sobre o povo. O dinheiro tomou o lugar da alegria. E por aí vai. Coisas que bambas como Candeia já combatiam na década de 70.


Este ano foi a primeira vez que desfilei em uma Escola de Samba, a Unidos de São Lucas, Escola do Grupo de Acesso do Carnaval de São Paulo e confesso que fiquei fascinado por participar de um desfile. Não pelo glamour de fantasias e de  destaques famosos, mas sim por participar de um momento de alegria, onde percebi que a magia do Samba ainda é capaz de fazer o povo sorrir, extravasar, mesmo diante tantas dificuldades. Percebi que o Samba é mesmo um movimento agregador que se impõe diante de um cenário de disputas e ganância. Percebi que ainda existem pessoas que levam o samba no coração, que defendem seu pavilhão, que cantam e sambam com a alma, atendendo ao propósito de festividade e confraternização que o Carnaval tem.